A
mordida é uma situação comum de acontecer com crianças na faixa etária de 1 ano
e 6 meses a 3 anos, pois a criança está na fase oral. Tudo o que a criança
conheceu até então, sua aprendizagem foi oral: seio materno, a mamadeira, a
chupeta, o dedo...
Justamente
nesta fase a criança é egocêntrica, ela se vê como o centro do mundo, não tendo
noção do outro, nem do que o outro pode sentir.
Assim,
quando algum amiguinho resolve pegar o mesmo brinquedo para brincar, mesmo que
não esteja brincando com ele, quando ocorre qualquer situação em que é retirado
algo dela, ou apenas por ela ter que dividir a atenção da educadora, ela usará
a linguagem conhecida por ela que é a mordida!
Existem
casos de crianças que mordem seus amiguinhos puramente como forma de carinho!
Vale
lembrar também que os pais precisam se
atentar com suas próprias brincadeiras, pois muitas vezes os próprios pais
brincam com seus filhos de morder. Muitas famílias usam a frase: “ai que lindo... dá vontade de te morder...”
e muitos mordem mesmo!
As
crianças passam pela fase da mordida, umas com maior, outras com menor
intensidade, pois estão exercendo o sentimento de posse sobre os objetos e
pessoas. É uma forma de lutar pelo que deseja.
A
proposta é redirecionar este comportamento gradativamente, pois apesar de
normal, devemos colocar limites e adotar comportamentos socialmente aceitos.
O
que fazer?
Em
primeiro lugar entenda que é uma reação corporal da criança. É importante
conversar firme e carinhosamente com a criança. O papel do adulto é transformar
a atitude corporal em uma atitude mediada pela linguagem e sempre fique atento
e vigilante e próximo de crianças nesta fase a fim de evitar que a mordida se
concretize.
Um outro ponto importante é criar uma rotina de
atividades que ajudem as crianças a se expressarem e a descarregarem suas tensões,
diminuindo a ocorrência das dolorosas mordidas.
Algumas dicas práticas:
- Incentive atividades de manipulação de papel, como rasgar, amassar, rasgar revistas velhas, fazer bolinhas com papel, tudo para aliviar a agressividade;
- Atividades de pintura com pincéis e com os
próprios dedos;
- Oportunize momentos de manipulação de massinha:
modelar, jogar, bater com força, esticar, etc;
- Deixe a criança explorar as diferentes texturas:
ofereça às crianças materiais como algodão, lixa, gelo e coisas moles, como
mingau colorido com corante e sagu;
- Cante com
a criança, bata palmas, dance;
- Incentivar
brincadeiras com água e lama no jardim.As situações ao ar livre são essenciais
para qualquer criança;
- Conte muitas historinhas, use fantoches e uma
entonação de voz atraente e cheia de suspense.
Agora
atenção... morder eventualmente é esperado, porém, situações em que a mordida
se repete de forma muito intensa merecem atenção, pois mostram um
transbordamento afetivo e pode ser sintoma de que algo não vai bem com a
criança e que ela precisa de nossa ajuda.
Não tenha medo de procurar
ajuda de um psicólogo, este profissional irá analisar o caso e auxiliará a
família na condução comportamental da criança.
Qualquer dúvida entre em
contato conosco!
Andréa Soares Delfin
Mestre em Políticas Públicas de Educação
Especialista em Psicopedagogia e
neuroaprendizagem
Professora Titular do Curso de Pós em
Psicopedagogia
Neuropsicopedagoga
clínica
ABPp:
12069
Mavy A.
Cavalcanti
Crp
06.62427
Psicóloga
Terapeuta Cognitiva Comportamental
Coach
Especialista
em avaliação comportamento
mavycavalcanti16@gmail.com