quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Seu filho está indo mal na escola? E agora?



Esta é uma pergunta muito comum que os pais fazem e é lógico que toda pergunta é resultado de uma reflexão que merece cuidado e atenção, principalmente, quando falamos do maior bem que temos: nossos filhos.

Se você está percebendo que seu filho não está indo bem na escola, é porque existe alguma coisa que precisa ser ajustada, por isso é importante investigar para verificar se não é algo mais sério.

Vamos refletir sobre algumas questões que podem estar impedindo ou interferindo na aprendizagem dele:

Questões orgânicas: Para que a criança consiga internalizar a aprendizagem e estimulações oferecidas adequadamente, é preciso que o organismo físico esteja saudável.  Por isso, é importante verificar a visão e audição da criança, pois se ele não está enxergando e ouvindo bem, certamente, terá dificuldades em aprender. Problemas físicos, questões hereditárias, anemia, desordens sensoriais, problemas advindos de alterações e lesões cerebrais, dentre outros, podem ser fortes indicativos de dificuldades na aprendizagem ou de possíveis transtornos.

Questões pedagógicas: Muitas vezes a metodologia da escola não se encaixa com a forma que seu filho aprende. Ele pode não estar adaptado a tais estratégias pedagógicas, podendo achá-las desinteressantes, ou até mesmo, além de suas possibilidades. Temos o costume de dizer que metodologia de ensino é como uma luva, ela precisa ter o tamanho da mão, se for de outra forma pode ter folgas ou ficar extremamente apertada impossibilitando o movimento normal.  Professores despreparados, currículo inadequado, falta de estrutura em sala, materiais inadequados, dentre outros, também podem atrapalhar o processo de aprendizagem.

Questões cognitivas: É importante investigar se a atenção, memória, percepção, pensamento e outras habilidades estão de acordo com o esperado para a faixa etária de seu filho.  Por exemplo, para aprender, a “portinha da atenção deve estar aberta”, pois se ela não estiver, não será possível sedimentar a informação, assim como as demais habilidades precisam estar preservadas.

Questões emocionais: Envolvem sentimentos, afetos, emoções e motivações para aprender. Muitos estudos comprovam que para a aprendizagem acontecer é importante o sujeito estar bem emocionalmente, com os amigos, familiares e socialmente. Todo o histórico de vida dele faz uma grande diferença na hora de aprender. Quando ele se sente incapaz, quando  seu potencial é desmerecido por alguém  as chances de ser uma pessoa insegura no aprender é muito grande.

De qualquer forma, é de suma importância fazer uma investigação minuciosa, pois muitas vezes a dificuldade do seu filho pode ser sanada com uma simples adequação no estudo e/ou acompanhamento de um profissional especializado. Para cada área em questão existe um profissional qualificado.

Se você tem dúvida qual é a dificuldade do seu filho, procure um psicopedagogo.

O psicopedagogo irá fazer uma investigação para entender como seu filho aprende, o porquê está com dificuldades na escola e orientará a família sobre a necessidade de buscar outros profissionais.

Apenas um alerta: logo que perceber a dificuldade, não demore em agir. Um simples estímulo adequado pode mudar todo o rumo da conversa.

Abraços,


Andréa Soares Delfin
Mestre em Políticas Públicas de Educação
Especialista em Psicopedagogia e neuroaprendizagem
Professora Titular do Curso de Pós em Psicopedagogia
Neuropsicopedagoga clínica
ABPp: 12069
andrea.delfin@inaspe.com.br




Vanessa Ciangoli de Oliveira
Pedagoga e Psicopedagoga Clínica e Institucional
ABPp: 00365
vanessaciangoli@hotmail.com




terça-feira, 9 de agosto de 2016

Aprenda a lidar com a birra do seu filho



Qual família que nunca passou por um episódio de birra com seus filhos?

Fazer “birrinha” uma hora ou outra é normal, o que é preocupante é quando a ação vira rotina. O pior ainda é quando esta  ação é usada como “moeda de troca” com a família, isto é, “Eu choro, berro, esperneio e minha mãe me dá o que eu quero!”

Então mamães e papais deixaremos aqui  algumas sugestões para vocês lidarem com a birra do seu filho:

·         Mantenha a sua calma!

·         Procure entender o que gerou a birra

·         Distraia a criança e se não passar....

·         Diga: eu sei que você está com raiva porque eu não te dei o que você quer,  eu entendo o que você está sentindo, mas... (use bons argumentos)! Se não passar...

·         Controle-se e diga que não pode entendê-la chorando, e que, só voltará a conversar com ela quando parar de chorar...

·         Se for preciso, tire-o do local da birra mesmo com a criança chorando! Não ceda!!

·         Se as birras persistirem, tente utilizar suspensões temporárias.

Não se preocupe com o que os outros vão falar ou pensar. A responsabilidade pela educação do seu filho é sua!

Nunca fique emburrado com seu filho!

Mantenha-se firme e não recue!

Nunca ridicularize a criança!

Lembre-se que os pais precisam estar coerentes na educação dos filhos!

Nunca faça ameaças e nem promessas para depois não cumprí-las.

Vale  lembrar que se as ações de birra persistirem, é importante procurar um psicólogo par auxiliar a família na condução do caso.

Existem alguns  transtornos da infância diretamente relacionados com o comportamento são os transtornos que chamamos  de opositor desafiador – TOD.  Esse transtorno  é caracterizado por um padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo, desafiador, indo contra as regras de convivência social. São casos que acontecem numa pequena porcentagem da população... Bem, mas este assunto fica para um outro post.



Andréa Soares Delfin
Mestre em Políticas Públicas de Educação
Especialista em Psicopedagogia e neuroaprendizagem
Professora Titular do Curso de Pós em Psicopedagogia
Neuropsicopedagoga clínica
ABPp: 12069
andrea.delfin@inaspe.com.br


Silvia R. dos Santos
Psicóloga
Pós graduanda em neuropsicologia
CRP 06/117681
pra-silvia@hotmail.com


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Meu filho é agressivo ou está agressivo?


Muitos pais reclamam que são chamados na escola por conta da agressividade de seus filhos. Neste momento é importante refletir: “Meu filho é agressivo ou está agressivo?”
Esta agressividade é  com todo mundo? Acontece em todo o tempo? Em qual situação acontece?
É importante observar o meio em que a criança vive. Se ela vive com pessoas agressivas, existe uma grande probalidade da criança ser agressiva também.
Crianças agressivas podem ter desvios de sentimentos como mágoa, insegurança, cria situações para chamar a atenção e até mesmo ser aceito pelo grupo.
Um outro ponto para analisar e acompanhar são os programas de televisão. Muitos desenhos, vídeo games, novelas podem trazer imagens negativas com requintes de perversidade.
O que fazer nas crises de agressividade?
- Converse individualmente com a criança, se for preciso tire-a do local;
- Procure conversar olhando nos olhas da criança e solicite também que ela olhe nos seus olhos;
- Ajude-a a expressar e entender as suas emoções;
- Substitua palavras negativas como: menino feio! Que coisa feia você fez! Por “Você é um garoto inteligente, eu sei que você não baterá mais no amigo”, “Eu gosto de você mas não gosto da sua atitude de bater”;
Se você papai e mamãe perceber que seu filho continua tendo atitudes agressivas, procure ajuda de um psicólogo!


Andréa Soares Delfin
Mestre em Políticas Públicas de Educação
Especialista em Psicopedagogia e neuroaprendizagem
Professora Titular do Curso de Pós Graduação em Psicopedagogia
Neuropsicopedagoga clínica
ABPp: 12069

Silvia R. dos Santos

Psicóloga
Pós graduanda em neuropsicologia
CRP 06/117681